
O que começou com a assinatura de um convênio em 27 de junho de 2024, em Pernambuco, confirmou-se um sucesso. Um ano após o início, o Programa Autonomia e Renda Petrobras reúne resultados que evidenciam seu impacto transformador. Desde setembro, quando foram abertas as primeiras turmas, mais de 2,8 mil pessoas tiveram acesso a cursos técnicos e de formação inicial continuada (FIC). Destes, 620 já concluíram, obtendo capacitação em atividades como ajudante de elétrica, almoxarife de obras, auxiliar de eletricista, auxiliar de manutenção predial, caldeireiro, escalador, montador de andaimes, pintor industrial, dentre outras.
Realizado sob a gestão financeira e orçamentária da Fundação Ennio de Jesus Pinheiro Amaral de Apoio ao Instituto Federal Sul-rio-grandense (FAIFSul), o Autonomia e Renda é executado em parceria com Institutos Federais de sete estados. O que contribui para que o Programa esteja consolidado como uma das principais estratégias não governamentais de promoção de desenvolvimento local e fortalecimento de políticas de geração de trabalho e renda.
Para o presidente da FAIFSul, Osmar Renato Brito Furtado, o convênio com a Petrobras e o trabalho integrado à empresa e aos IFs se alinham à missão da Fundação como agente de fomento à educação, inovação e inclusão.
“O Programa permite que essas instituições cumpram, de forma prática e concreta, seu papel social e de fortalecer redes de cooperação, aproximando a ciência e a tecnologia das necessidades reais da população e ampliando a visibilidade e o reconhecimento público dessas instituições”, ressalta.
Mais oportunidades para quem precisa
Voltado a qualificar profissionais para atuação sobretudo no setor de óleo e gás nos estados em que é realizado – RS, PE, ES, RJ, MG, SP e PR –, o Autonomia e Renda Petrobras tem como público alvo pessoas em vulnerabilidade social. A prioridade para as 20 mil vagas previstas para os quatro anos de programa, em mais de 40 municípios, é para pessoas de baixa renda ou sem vínculo formal de emprego; mulheres; pessoas transgênero, transexuais ou travestis; pessoas com deficiência; indígenas e quilombolas; pessoas pretas e pardas; e refugiadas. Uma vez matriculados, os estudantes recebem bolsa-auxílio mensal de R$ 660 ou R$ 858 (mulheres com filhos até 11 anos) para permanência no curso.
“O impacto social é significativo, especialmente em territórios marcados por vulnerabilidades econômicas e sociais. Ao oferecer oportunidades de qualificação profissional e inserção produtiva, o Programa contribui diretamente para a emancipação dos estudantes e de suas famílias, o fortalecimento das economias locais e a valorização de saberes e vocações regionais”, destaca Isabel Gravato, coordenadora geral do Autonomia e Renda na FAIFSul.

Uma vez finalizadas as turmas, todos os formados nos cursos são encaminhados ao Sistema Nacional do Emprego (Sine) ou Posto de Atendimento ao Trabalhador (PAT) dos municípios participantes para que possam acessar as vagas de emprego disponibilizadas pelas empresas. Além disso, Sesi-Senai e IFs estão promovendo as Feiras de Empregabilidade e Cidadania para aproximar empresas e candidatos, além de mentorias sobre redação de currículos, entrevista de emprego e outros aspectos do mundo do trabalho.
Mulheres são maioria
Neste primeiro ano, 84,2% dos estudantes do Programa tinham renda familiar per capita entre zero e um salário mínimo. Além disso, mais da metade dos matriculados (55,9%) declararam não ter trabalho, dependendo de familiares ou outras pessoas para o sustento.
Dentre todos os matriculados no Autonomia e Renda até junho de 2025 em busca de qualificação e novas oportunidades de trabalho, 62,7% são mulheres. Já o recorte étnico indica a maioria dos estudantes se declarando como pardos (49,6%) e pretos (24,6%).
Fortalecimento institucional e legado social
Com previsão de mais três anos de Programa Autonomia e Renda pela frente, Brito afirma que, tal qual era no momento da assinatura do convênio, a expectativa da FAIFSul é positiva para os próximos períodos. Segundo o presidente da Fundação, além dos resultados positivos desta parceria com a Petrobras e os IFs para milhares de famílias, há a projeção de aprofundamento das metodologias e consolidação de práticas exitosas de gestão.
“A perspectiva é de que, ao final do ciclo, o Autonomia e Renda deixe um legado consistente de transformação social, estruturando redes locais de produção, trabalho e solidariedade.”
Texto: Comunicação FAIFSul
Fotos: Assessoria IFES e IFSul